Space Invaders nas ruas de São Paulo

        Em 2011 eu vi um pela primeira vez. Foi estranho, incomum e me surpreendeu. Achei que fosse algo isolado e não falei para ninguém. Poderiam me chamar de maluco, paranóico e mesmo mentiroso, afinal não dá para sair falando que eu vi o que vi sem qualquer prova do que estivesse alegando.
        Algum tempo depois eu vi outro, e na visita a casa de uma conhecida eu vi mais um, da janela de seu apartamento. Decidi então pesquisar sobre aquilo que estava vendo. Tentar achar uma explicação para aquelas coisas espalhadas por São Paulo, coisas fascinantes e misteriosas.
        Foi aí que eu descobri tudo, e desde então tenho dedicado uma parte de meu tempo a encontrar todos eles, que estão espalhados por aí, escondidos bem a vista, em uma invasão silenciosa e definitiva. Perdi muitas pessoas nesta jornada. Amigos, aliados e alguns inimigos, mas não vou desistir enquanto não encontrar a todos. Enquanto não avisar e mostra a todos, que eles estão entre nós.

        O relato acima pode significar qualquer coisa. Da descoberta de uma conspiração milenar perpetrada por uma maléfica sociedade secreta até mesmo a revolta de seres místicos, cansados da arrogância e maldade dos homens. Mas ele significa apenas uma coisa, bem mais simples e mais interessante: as intervenções urbanas realizadas pelo artista plástico françês INVADER. Uma entrevista dada ao portal da Folha de São Paulo em 2011 da uma pincelada na sua carreira.
       Realizadas em 2011 em vários prédios, viadutos, passarelas e muros espalhados pela capital paulista, as colagens de azulejos reproduzindo os alienígenas do clássico jogo de videogame Space Invaders, lançado para o console Atari nos longínquos anos 80, são um belo exemplo de interação entre o urbano e a cultura pop na cidade.
       Sua proposta é provocar uma reflexão sobre o espaço urbano e a sua "invasão" tem o objetivo de trazer um pouco mais de visibilidade para certos lugares e instigar as pessoas a apreciarem mais o espaço que as cerca. Isto fica bem claro quando percebemos que muitas de suas colagens, que são realizadas com azulejos coletados na cidade em que ele vai realizar uma intervenção, são fixados em locais que ou estão abandonados ou são de passeio público, tentando chamar a atenção para aquela figura quase invisível na cidade.
       Em São Paulo, a suas intervenções estão espalhadas em regiões próximas ao centro da cidade, com 17 listados em uma relação oficiosa, facilmente encontrada na Rede. Mas em uma entrevista, ele admitiu que espalhou cerca de 53 destes mosaicos de cerâmica espacial (que segundo o próprio, são alguns dos mais belos que ela já havia encontrado, dentre todos os que ele já usou).
       Eu, depois de quase 2 anos, já coletei os 15 abaixo fotografados. Mas não é tarefa fácil. É preciso atenção e muita dedicação para explorar a cidade a procura destas criaturinhas.
        Por isso eu compartilho com você as minhas "conquistas", e espero que alguém aí me ajude a encontrar a todos. Afinal, esta invasão não pode ficar em segredo, e todos devem saber o que está acontecendo.
Vida loga e própera para quem quer acreditar!

Fui!
Rua Augusta


Rua da Consolação

Memorial da América Latina

Viaduto Antártica

Viaduto Com. Elias Nagib

Rua Peixoto Gomide

Minhocão

Viaduto da São Carlos do Pinhal

Av. Liberdade

Av Rebouças

Cardeal Arcoverde


Av. 9 de Julho


******** Atualizado com mais 3 Alienígenas *********


Rua Conselheiro Crispiniano

Viaduto Glicério

Av. Ipiranga


Comentários

Postagens mais visitadas