Ser ou não ser fanatismo não há
Artigo escrito para o trabalho"SAMPA MAIS - CUltura Pop de 4ºsemestre do curso de Jornalismo - Universidade São Judas Tadeu
A Jedicon, cuja edição de 2013 aconteceu
no começo de outubro, é um dos eventos da atualidade que já se tornaram
tradição no calendário nerd de São Paulo. Não só por ser um grande encontro
entre amigos e apaixonados pelos filmes da saga Star Wars, mas também é uma
pequena amostra de como o público nerd ganhou espaço nas últimas duas décadas,
mostrando ao mundo como é legal gostar de coisas mais inteligentes, para variar.
Arrecadação de alimentos faz parte da rotina de bons Padawans
Mas nem tudo é tão legal assim. Não é
raro encontrar, entre tantos soldados imperiais, jedis honrados e Darth Vaders
de vários tamanhos e cores, há algumas, e não são poucas infelizmente, pessoas
que levam esta série a sério demais (perdoem o trocadilho). E por experiência
própria e bem fundamentada de quem, ao discutir com a minha namorada a respeito
da diferença entre o fã e o fanático, eis que um bom exemplar (aliás, dois bons
exemplares) surgem com uma declaração do tipo “quer arrumar confusão? A gente
briga aqui e agora se você quiser!”.
É a capacidade de não se levar a sério demais que torna eventos como a Jedicon mais divertidos
(ou qualquer outro de evento de nerdices por aí)
(José e Márcia, obrigado pelas fotos e entrevista)
Difícil argumentar com uma pessoa assim,
não? Claro que há fanáticos como este em qualquer lugar. Pessoas que tentam
arrumar uma confusão sempre que se discuta as idiosincrasias daquilo que eles
gostam (alô metaleiros!) não são poucos, e achar um idiota assim bem no meio de
pessoas que, antes de mais nada, querem se divertir muito, me faz sentir um
pouco de vergonha de dizer que sou nerd (mas sou com orgulho e certamente bem antes do
pequeno troglodita do paragrafo anterior).
Crossover Master!!
Mas é para saudar as pessoas que, como eu,
sofreram em uma época onde ser nerd era sinônimo de esquisito. Onde éramos
marginalizados pelos populares de nossas escolas, e que hoje pedem emprego em
nossas empresas, assistem os nossos filmes e pagam para que consertemos os seus
laptops. E que ao se reunirem e
resistirem durante estes “anos negros” da cultura pop, permitiram que eventos
como a JEDICON pudessem existir e receber todos os tipos de fã. Inclusive os
fanáticos e trogloditas.
Roberto Sungi é fotógrafo
há 6 anos. Mochileiro galáctico há 9. Jogador de RPG há 17. Otaku há 23. Filho
há 33. Namorado há 8 meses e se a Força colaborar, futuro jornalista e marido,
de uma incrível escritora de ficção fantástica.
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